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liberdade
 Liberdade, o “bairro oriental” de São Paulo

Pesquisa da população de descendentes de japoneses
residentes no Brasil (1987-1988)



Esquema de Amostragem


Tendo-se em vista a inexistência de área de pesquisa já determinadas, foi necessário o estabelecimento de uma listagem de áreas.

Para a amostragem de área, a única possibilidade era fazer-se uso dos setores estabelecidos para o Centro Nacional - dados de 1980.

Levando-se em conta o período de pesquisa, o número de pesquisadores, o orçamento destinado à pesquisa, etc., e para que o levantamento projetado fosse realizado completo e a contento, o setor foi subdividido geograficamente sobre o mapa, demarcando-se os subsetores.

Assim, a extração de área-amostra foi feita, em 1ª etapa o setor, e em 2ª etapa o sub-setor.

Todas as unidades domésticas existente dentro do sub-setor foram levantadas no trabalho de campo e as as unidades domésticas de japoneses e seus descendentes devidamente registradas.

Os setores foram estratificados segundo regiões, urbano ou rural, existência de associações de descendentes de japoneses e, também, de acordo com os resultados do Censo de 1980, como residência de pessoas nascidas no Japão e percentual de população amarela. Outros dados fornecidos pelo Censo, como os referentes às religiões orientais, foram considerados não relevantes para o objetivo da pesquisa e deixados de lado.

Desta maneira, o total de 140.000 setores censitários foi estratificado em 103 estratos e cerca de 1.500 amostras foram extraídas por meio de computador pelo IBGE em seleção equiprobabilística com base numa distribuição que levou em conta informações especiais, mencionadas acima, com a intenção de incluir-se maior número de descendentes de japoneses do que se poderia esperar no caso de distribuição igual.

Das amostras de setores foram formados agrupamentos de 3 sub-amostras independentes, possibilitando a mudança de tamanho no número de amostras em pesquisas futuras e também facilitar os cálculos dos erros.

A proporção da população regional em relação à população total, a proporção da população amarela regional em relação à população amarela total, a proporção da população regional de japoneses em relação à população total de japoneses se constituíram na base da extração de amostras de setores, sendo que na estratificação foram levados em conta. Além disso, as divisões entre zona urbana-zona rural e a existência ou não de associações de origem japonesa foram consideradas na estratificação. O Quadro 1-1 e o Quadro 1-2 registram as proporções e a informações referidas acima.

QUADRO 1-1 - PROPORÇÕES DE POPULAÇÕES, DE AMARELOS, DE JAPONESES E EXISTÊNCIA OU NÃO DE ASSOCIAÇÕES DE JAPONESES
 ESTADOPOPULAÇÃOPOP. AMARELAPOP. JAPONESAASS. JAP.
NORTERondônia0,40,10,06x
Acre0,30,10,02x
Amazonas1,20,60,6o
Roraima0,10,060,02x
Amapá2,90,020,05x
Pará2,91,22,14o
NORDESTEMaranhão3,31,20,07x
Rio Gr. do Norte1,60,30,03x
Paraíba2,30,60,06x
Piauí1,80,30,01x
Ceará4,41,20,04x
Alagoas1,70,50,01x
Sergipe1,00,10,01x
Pernambuco5,20,70,2o
Bahia8,01,80,71o
SUDESTEMinas Gerais11,31,71,3o
Espírito Santo1,70,10,23o
Rio de Janeiro10,21,93,12o
SPSão Paulo21,070,777,63o
Grande S. Paulo
Est. de São Paulo
SULParaná6,411,88,96o
Santa Catarina3,10,40,29o
Rio Gr. do Sul0,50,90,99o
CENTRO-
-OESTE
Mato Grosso do Sul1,21,51,75o
Mato Grosso1,00,60,3o
Goiás3,30,80,48o
D.F.1,00,60,86o


O quadro 1-2 encontra-se indisponível no momento

Tomemos o exemplo do Estado de Amazonas para dar uma explicação sobre o procedimento. Todos os municípios que compõem o Estado foram divididas em 2 categorias: auqueles em que existem associações de origem japonesa e aqueles que não contam com esse tipo de organização. Em seguida, apesar de se cruzarem com as divisões acima, foram dividios em 2 categorias: em zona urbana e zona rural. Alem disso, os municípios que não possuem associações regionais de japoneses, os municípios que não possuem associações regionais de japonses foram combinados com os critérios de população amarela e de população de japoneses, conseguindo-se estabelecer as seguintes 6 categorias:

1. UJ - Conjunto de setores urbanos onde existem japoneses
2. UJ - Conjunto de setores urbanos onde não existe população de amarelos
3. UA' - Conjunto de setores urbanos, onde existe população de amarelos, mas não existem japoneses
4. RJ - Conjunto de setores rurais onde existem japoneses
5. RA - Conjunto de setores rurais onde não existe população amarela
6. RA' - Conjunto de setores rurais onde existe população amarela, mas não existem japoneses

Estabelecidos esses estratos, todos os setores de um município que não conta com associações japonesas ficam incluídos em uma das categorias.

Nos estratos regionais compostos pelos estados de Rondônia, Acre, Roraima e Amapá, de acordo com a listagem fornecida pela Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, de São Paulo(*), não existem associações japonesas regionais, como acontece nos estados nordestinos, com exceção dos estados de Pernambuco e Bahia, razão porque nesses estados os municípios foram divididos nas seguintes 4 categorias:

1. UJ - Conjunto de setores urbanos onde existem japoneses
2. UJ - Conjuntos de setores urbanos onde não existem japoneses
3. RJ - Conjunto de setores rurais onde existem japoneses
4. RJ - Conjunto de setores rurais onde não existem japoneses

Para a cidade de São Paulo, seria de pouca significação a divisão em urbano-rural, sendo, pois, os setores extraídos equiprobabilisticamente. Como foi já exposto, os setores extraídos foram todos subdivididos geograficamente no mapa, e dos sub-setores assim obtidos foi sorteado um para se constituir na unidade de levantamento desta pesquisa.

(*) Foi utilizada a lista de 1987 elaborada pela Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, de São Paulo. Não havia a garantia de constarem todas as associações, mas não deixa de ser um indicador da concentração de japoneses e seus descendentes. Isto nada tem a ver com o rigor do tratamento estatístico da Pesquisa.






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